segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Pesca - Import/Export (2012-2017)


Comércio internacional da pesca, conservas 
e outros produtos do mar
(2012-2017)
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1 – Nota introdutória
Portugal é detentor de uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) do mundo, tendo apresentado às Nações Unidas, em Maio de 2009, uma proposta de extensão da sua plataforma continental das 200 para as 350 milhas, aguardando-se que a pretensão seja analisada naquela Organização, o que, a ser aceite, alargará a ZEE para mais de 3 milhões de Km2. Contudo, a balança comercial da pesca, conservas e outros produtos do mar é deficitária.
No presente trabalho pretende-se analisar a evolução das trocas comerciais portuguesas com o exterior, a partir de dados de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística para os anos de 2012 a 2017, designadamente dos agregados “Peixe”, “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”, “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”, “Gorduras e óleos de peixe e de mamíferos marinhos”, “Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana”, “Sal, águas-mãe de salinas e algas”, e “Extractos e sucos de carnes de peixe, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”.
2- Peso do sector no comércio internacional global

De acordo com os dados disponíveis, as exportações portuguesas de produtos da pesca, conservas e outros produtos do mar, atingiram em 2017 o maior peso ao longo dos últimos seis anos (2,0%), no contexto das exportações globais. Por sua vez as importações, com um valor duplo das exportações, representaram neste ano 3,1% do total (3,2% em 2016).

3 – Balança Comercial
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para os anos de 2012 a 2015, provisória para 2016 e preliminar para 2017, com última actualização em 9-2-2018, a balança comercial da pesca, conservas e outros produtos do mar foi deficitária, com um grau de cobertura das importações pelas exportações da ordem dos 50% nos três últimos anos. 

Entre os agregados de produtos considerados destacam-se, nas duas vertentes comerciais, o “Peixe”, os “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” e as “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”.
Os agregados em que a Balança foi favorável a Portugal foram “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”, ao longo dos últimos seis anos, “Gorduras e óleos de peixe e de mamíferos marinhos”, de 2012 a 2015, e “Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana”, apenas em 2012. 

4 – Importações

Nas importações de “Peixe”, o conjunto de produtos dominante, assumem particular relevância as de “Peixe seco, salgado, em salmoura ou fumado”, ou seja, de bacalhau, que nos dois últimos anos atingira os 354 milhões de Euros, ou seja, um pouco menos de metade das importações de todo o peixe fresco e refrigerado, ou congelado, excluindo filetes e conservas.
De acordo com os dados disponíveis, o principal fornecedor de bacalhau em 2017, em todos os estados, com predominância do bacalhau seco ou salgado, foi a Suécia, com 182,6 milhões de Euros, ou seja 36,4% do total (mais de 40% nos três anos anteriores).
Sabe-se que a maior parte do bacalhau consumido em Portugal tem a sua origem na Noruega, país extracomunitário limítrofe da Suécia, mas os dados estatísticos disponíveis apontam para um fornecimento de apenas 58 mil Euros em 2017.
Tudo indica que a prevalência da Suécia entre os principais fornecedores de Portugal contabilizados pelo INE reside no facto de ser um país de “introdução em livre prática” na União Europeia do bacalhau destinado a Portugal, após cumpridas as formalidades aduaneiras.
Aliás, consultada a base de dados do Eurostat, verifica-se que em 2016 a Suécia terá importado da Noruega 40 mil toneladas de bacalhau seco e salgado, tendo exportado para Portugal mais de 33 mil toneladas.
O próprio “Conselho Norueguês da Pesca(Norwegian Seafood Council-NSC) aponta para cerca de 44 mil toneladas a quantidade de bacalhau salgado seco e verde exportado para Portugal em 2016.
No segundo agrupamento de produtos com maior peso, “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”, com predomínio dos crustáceos e moluscos, também se assistiu, após uma quebra das importações em 2013, a um crescimento sustentado a partir de então.
Seguiram-se as “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”, com destaque para as de “Peixe, caviar e semelhantes a partir de ovas”, com um comportamento crescente desde 2012, aparte uma ligeira quebra em 2015.
Com menor peso no total, seguiram-se o “Sal, águas-mãe de salinas e algas”, os “Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana”, onde se incluem as farinhas, pós e “pellets” e os chamados produtos “solúveis”, as “Gorduras e óleos de peixe e mamíferos marinhos” e, residualmente, os “Extratos e sucos de carnes”, de peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos.
4.1 – Mercados de origem
Em termos globais, em 2017 os principais fornecedores de produtos da pesca, conservas e outros produtos do mar foram a Espanha (38,2%), a Suécia (10,3%, com uma forte componente de 84% em bacalhau), os Países Baixos (9,6%), a China (4,6%) e a Dinamarca (3,1%), conjunto de países fornecedores de cerca de 2/3 do total importado por Portugal neste ano.


Os principais fornecedores dos três conjuntos de produtos dominantes, liderados largamente pela Espanha, foram:
Peixe: Espanha (32,3%), Suécia (16,8%), Países Baixos (13,9%), Dinamarca (4,9%), Grécia (3,7%), China e Rússia (3,5% cada), Alemanha (2,6%), Namíbia (2,0%) e África do Sul (1,9%).
Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos: Espanha (45,8%), Índia (9,2%), China (7,9%), Moçambique (5,8%), Mauritânia (3,3%), Marrocos (3,0%), Reino Unido e França (2,7% cada).
Conservas de peixe, crustáceos e moluscos: Espanha (50,7%), Maurícias (8,9%), Vietname (8,8%), Equador (5,8%), Países Baixos (4,2%), Alemanha (3,9%), Marrocos (2,8%), Coreia do Sul (2,7%) e China (2,3%).

5 – Exportações
As exportações de produtos da pesca, conservas e outros produtos do mar cresceram sustentadamente ao longo dos últimos seis anos, com um crescimento de +34,9% em 2017, face ao valor que detinham, em 2012. As maiores exportações incidiram no “Peixe”, seguidas das de “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” (excluindo as conservas), e das “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”.

Nas exportações de “Peixe”, o conjunto de produtos dominante, que atingiu 520 milhões de Euros em 2017, destacam-se as de “Peixe congelado excluindo filetes e conservas”, seguidas das de “Peixe fresco ou refrigerado, excluindo filetes”
O segundo agrupamento de produtos com maior peso foi o de “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”, com predomínio dos “Moluscos, excluindo conservas” e em terceiro lugar surgem as “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”, com destaque para as de “Peixe, caviar e semelhantes a partir de ovas”.
À semelhança da vertente das importações, com menor peso no total, seguiram-se o “Sal, águas-mãe de salinas e algas”, os “Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana”, onde se incluem as farinhas, pós e “pellets” e os chamados produtos “solúveis”, as “Gorduras e óleos de peixe e mamíferos marinhos” e, residualmente, com um peso relativamente insignificante, os “Extratos e sucos de carnes” (de peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos).
5.1 – Mercados de destino
Também do lado das exportações é a Espanha o principal mercado de destino, com 51,6% do total em 2017.

Seguiram-se a Itália (12,6%), França (9,1%), o Brasil (7,1%), o Reino Unido (3,6%), os EUA (3,0%) e Angola (2,3%).
Nos três conjuntos de produtos dominantes, apenas no âmbito das “Conservas” a Espanha foi ultrapassada, pela França:
Peixe: Espanha (54,3%), Itália (13,4%), Brasil (13,3%), França (5,1%) e Angola (2,3%).
Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos: Espanha (71,2%), Itália (10,9%), EUA (6,1%), França (3,0%) e Suíça (1,2).
Conservas de peixe, crustáceos e moluscos: França (26,2%), Espanha (22,0%), Reino Unido (14,1%), Itália (12,5%), Angola (3,2%), EUA (2,9%) e Brasil (2,2%).
6 – Importação e exportação de sardinha
Recentemente, face à acentuada redução do “stock” de sardinha na última década, o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), advogou a proibição, já a partir de 2018, da sua pesca em Portugal e Espanha num período longo, o que não se verificou, tendo as autoridades portuguesas tomado medidas para manter a pesca da sardinha em níveis que permitam uma recuperação.
O principal mercado de origem em Portugal das importações de sardinha fresca, refrigerada ou congelada, nos dois últimos anos, foi a Espanha (75,4% em 2016 e 70,0% em 2017).
Seguiram-se Marrocos (14,9% e 16,4%), a França (3,8% e 6,1%), os Países Baixos (2,5% e 4,6%), a Croácia (0,8% e 1,6%) e o Reino Unido (2,5% e 1,1%)

Nos quadros seguintes pode observar-se a evolução do comércio português da sardinha fresca, congelada ou em conserva, entre 2012 e 2017.


             Alcochete, 18 de Fevereiro de 2018.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Série mensal-Dez 2017-Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado Janeiro-Dezembro 2017 

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1 - Balança comercial


De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 9 de Fevereiro de 2017, no período de Janeiro a Dezembro de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +10,1% face ao mesmo período do ano anterior (+5057 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +12,5% (+7679 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +8,6% (+3218 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresciam +14,8% (+1839 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +10,3% (+4912 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +20,3 (+2767 milhões de Euros).

Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +23,4%, ao situar-se em -13843 milhões de Euros (um acréscimo de 2622 milhões, cabendo 1694 milhões ao comércio intracomunitário e 928 milhões ao extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações no conjunto dos doze meses do ano desceu de 81,7%, em 2016, para 79,9%, em 2017.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos. O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos doze meses de 2016 se situou em 282 Euros/Ton, subiu para 353 Euros/Ton no mesmo período de 2017.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,6% e 7,2% do total no período de Janeiro-Dezembro de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos passa, em 2017, de 79,9% para 83,9%, com o aumento do défice, em termos homólogos, a descer de +23,4% para +19,8%.


2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período de Janeiro a Dezembro de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,1% do total (75,1% em 2016), cresceram em valor +8,6%, contribuindo com +6,4 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +10,1%.
As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,9% do total em 2017 (24,9% em 2016), registaram um crescimento em valor de +14,8 contribuindo com +3,7 p.p. para a taxa de crescimento global. 

Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,2%), a França (12,5%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,3%) e o Brasil (1,7%), países que no seu conjunto absorveram 75,7% das nossas exportações.
Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos em termos homólogos nas exportações da quase totalidade dos 11 grupos de produtos considerados, registou no conjunto do ano de 2017 um aumento global de +19,1%, com decréscimos em três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-16,1%), “Madeira, cortiça e papel” (-7,3%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-40,2%), principalmente barcos de pesca e outras embarcações para o tratamento de produtos da pesca.

Entre os trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+10,1%), couberam a Espanha (+2.0 p.p.), França (+1,2 p.p.), Alemanha e EUA (+0,9 p.p. cada), Brasil (+0,8 p.p.), Angola e Países Baixos (+0,7 p.p. cada), e Itália e Provisões de bordo (+0,4 p.p. cada). O maior contributo negativo coube à Argélia (-0,3 p.p.), seguida de Moçambique (-0,1 p.p.). 

O maior acréscimo no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguida da França, da Alemanha, dos Países Baixos, da Itália, das Provisões de Bordo e do Reino Unido. Com menor expressão alinharam-se depois a Áustria, a Bélgica, a Polónia, a Eslováquia, a República Checa e a Eslovénia. O maior decréscimo coube à Irlanda.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para o Brasil, EUA e Angola, seguidos da China, Taiwan, Provisões de bordo, Cuba, Ghana, Líbano e Gibraltar.
Os maiores decréscimos couberam à Argélia, seguida da Venezuela, Moçambique, Turquia, Líbia e Djibuti.

3.2 - Importações
Em 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 76,2% do total (77,8% em 2016), contribuíram com +8,0 p.p., para uma taxa de crescimento global de +12,5%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +20,3%, representando 23,8% do total (22,2% em 2016), com um contributo para o crescimento de +4,5 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2017 foram a Espanha (32,0%), a Alemanha (13,7%) e a França (7,4%). Seguiram-se a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,7%), a Federação Russa (2,3%) e o Brasil (1,8%), países que representaram no seu conjunto 76,4% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+12,5%) destacam-se a Espanha (+3,1 p.p.), a Alemanha (+2,0 p.p.), os Países Baixos (+0,9 p.p.), a Itália (+0,7 p.p.), a Federação Russa e a França (+0,6 p.p. cada).

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam à Irlanda (-0,12 p.p.), seguida da Argélia (-0,10 p.p.) e da Suécia (-0.05 p.p.).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube aos EUA (+1849 milhões de Euros), seguidos do Reino Unido (+1790 milhões), da França (+1774 milhões), de Angola (+1511 milhões) e de Marrocos (+579 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8171 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑3207 milhões), da Itália (‑1813 milhões), dos Países Baixos (-1474 milhões) e da Rússia (‑1397 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,3% do total em 2017, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +9,5%), “Químicos” (12,6% e TVH +7,2%), “Agro-alimentares” (12,5% e TVH +8,2%) “Material de transporte terrestre e partes” (11,1% e TVH +16,4%), “Minérios e metais” (9,7% e TVH +15,6%), “Têxteis e vestuário” (9,6% e TVH +3,9%), e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +10,8%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores, em Euros, ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+859 milhões), “Energéticos” (+841 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+734 milhões), “Minérios e metais” (+721 milhões), “Agro-alimentares” (+524 milhões), “Produtos acabados diversos” (+505 milhões) e “Químicos” (+464 milhões).


5.2 – Importações
Em 2017, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +13,9%) “Químicos” (16,1% do total e TVH de +8,6%), “Agro-alimentares” (15,3% e TVH de +8,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3% e TVH de +11,7%) e “Energéticos” (11,6% e TVH de +29,9%).
Também nas importações se verificaram acréscimos em todos os grupos de produtos, sendo os mais significativos, medidos em Euros, os dos grupos “Energéticos” (+1843 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (+1446 milhões), “Minérios e metais” (+1053 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+890 milhões), “Químicos” (+882 milhões) e “Agro-alimentares” (+845 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,2% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,5%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,3%) e Brasil (1,7%). Estes dez países cobriram 75,7% das exportações totais.
6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 32,0% do total, sendo as excepções os grupos “Material de transporte terrestre e partes”, (2ª posição), depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar, antecedida de Singapura, EUA e Brasil.
Seguiram-se a Alemanha (13,7%), a França (7,4%), a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,7%), a Rússia (2,3%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 76,4% das importações totais.